quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Campos de margaridas

Sufocar-me na caixinha
Que vida era aquela?
Fácil, fácil
Era enganar os sentimentos
E barrar qualquer tormento
Logo na porta.
Mesmo assim
Tempestades passavam
Pesadelos surgiam
Cicatrizes abriam.
E a caixinha já estava cheia.
Eu estava cheia,
Estava doía
De contorcer meu eu
Num espaço sem luz.
Então
Ouvi meu coração pedir brilho
Brilhe! Brilhe!
A vida te espera lá fora.
Assim
Levantei a tampa da caixinha
E sai.
Estava livre
De todo medo
De todo ferimento
Que criei e alimentei por tanto tempo.
Estava viva
Para uma vida
Que eu temia sem motivo algum.
Descobri e conheci
Meu eu.
Sorri.
Pensei:
Que maravilhosa é a vida
Aqui fora.
Um verdadeiro campo de margaridas.
Meu campo de margaridas.

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